A Zara viu-se obrigada a retirar uma campanha publicitária que veio a revelar-se polémica nas redes sociais por ter gerado descontentamento por parte dos consumidores.

A campanha “Collection 04_The Jacket”, com presença nas redes sociais da Zara e nas lojas físicas da marca desde o passado dia 7 de dezembro, foi fotografada em cenários de destruição. A modelo norte-americana Kristen McMenamy posou ao lado de manequins com falta de membros e de estátuas cobertas de plásticos brancos, semelhantes a cadáveres.

Embora a Zara afirme que o conceito criativo da campanha foi inspirado na alfaiataria masculina de séculos passados, a marca tem sido alvo de duras críticas por parte dos internautas e acusada de desrespeitar o verdadeiro cenário de guerra vivido na Faixa de Gaza, assim como de desvalorizar o sofrimento dos palestinianos.

A página de Instagram da marca recebeu dezenas de milhares de comentários depreciativos sobre as fotografias e a hashtag #BoycottZara tornou-se uma tendência na rede social X, antigo Twitter.

Esta terça-feira, a marca publicou um comunicado oficial nas suas plataformas digitais onde pede desculpa pelo sucedido com a campanha da coleção Atelier.

“Infelizmente, alguns clientes sentiram-se ofendidos com estas imagens, que foram, entretanto, retiradas, e viram nelas algo muito diferente daquilo que se pretendia quando foram criadas. A Zara lamenta este mal-entendido e reafirma o profundo respeito por todos”, lê-se no post publicado há poucas horas. 

No mesmo comunicado, a Zara diz ainda que a campanha em questão foi concebida em julho e captada em setembro, antes da guerra no Médio Oriente despoletar. A marca refere que o objetivo era apresentar uma série de imagens de esculturas inacabadas num atelier de escultura “para dar a conhecer as peças num contexto artístico”.