A estátua de Molly Malone é conhecida por ter o seu peito tocado por muitas das várias pessoas que por ela passam diariamente, em busca de sorte. Concebida em 1988, de forma a comemorar o milénio da cidade irlandesa de Dublin, a obra criada em homenagem à protagonista da canção tradicional irlandesa “Cockles and Mussels” passa agora a contemplar um discreto nódulo na lateral do seu peito.

Tal foi feito com a esperança de que alguém reparasse nesse nódulo, de forma a inferir que a estátua estaria afetada pelo cancro da mama. No entanto, ninguém se apercebeu de que algo ali não era normal, o que fez com que a agência responsável pela iniciativa, a Rothco, criasse um anúncio a esse respeito.

Tratando-se de uma campanha realizada por parte de uma fundação irlandesa de consciencialização para o cancro da mama, a Marie Keating Foundation, e realizada no âmbito do Outubro Rosa, a iniciativa “Take Notice” (Preste Atenção) mostra o quão difícil é diagnosticar a doença quando não a procuramos.

“O primeiro sintoma do cancro da mama em diversas mulheres é um caroço no seu peito. Uma deteção preventiva pode salvar vidas na mesma medida que facilita o tratamento, mas infelizmente as mulheres não estão a prestar atenção suficiente aos seus peitos”, refere Kathy Troy, chefe de estratégia da Rothco, citada pelo Brainstorm. “Nós sabíamos que para fazer as pessoas perceberem isso era apenas necessária uma ideia realmente simples. Usar o busto icónico de Molly Malone pareceu o ponto de partida perfeito para deixar evidente o quão fácil é não perceber algo quando não se está à procura dele”.

Como avança o diretor criativo da agência, Stephen Rogers, o nódulo no peito de Molly Malone foi criado por um especialista em efeitos visuais, o irlandês Joe Fallover, que no ano passado foi distinguido com um Emmy graças ao documentário “The Farthest” (O Mais Distante).