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“A dor e as dificuldades são aquilo
que leva a que haja mudanças na vida e nas relações das pessoas”. A frase é de
Steve Leder durante o primeiro Inspiring Moment, organizado ontem pela Empower
Brands Community.
Há discursos e pessoas que nos
inspiram particularmente por terem a capacidade de tocar de forma profunda na
nossa alma. Sabemos que os últimos meses têm sido desafiantes para cada um de
nós. A pandemia tocou-nos a todos, mas, além dela, a vida costuma colocar-nos à
prova com obstáculos que, muitas vezes, pensamos serem difíceis de superar, mas
que, no fim, acabam por ser ultrapassados e por nos tornar melhores enquanto
pessoas. Eu próprio passei recentemente por este processo e talvez, por isso,
me tenha revisto tanto nas palavras sábias de Steve Leder, o orador principal
do primeiro Inspiring Moment, um encontro virtual organizado pela Empower Brands
Community e criado em exclusivo para os membros da comunidade.
Considerado pela revista Newsweek
como um dos dez rabinos mais influentes dos Estados Unidos, e visto como uma
inspiração para os norte-americanos neste atual momento de pandemia, Steve falou-nos
da importância da transformação a partir do sofrimento, do universo pessoal
para o coletivo. Um tema abordado no seu best seller ““More Beautiful Than Before:
How Suffering Transforms Us” e que inspirou Cristina Amaro, presidente da
Empower Brands Communiy, a trazê-lo para cima da mesa num contexto tão complexo
como aquele que vivemos atualmente.
O mestre em letras hebraicas e
líder do Templo Wilshire Boulevard, uma sinagoga de prestígio em Los Angeles
que congrega 2400 famílias, procurou transmitir a vários empresários,
empreendedores e colaboradores uma mensagem de esperança e de positividade, afirmando
que é necessário encarar este momento de enorme fragilidade social e económica
como uma oportunidade de tornar os negócios e as suas pessoas mais bonitas,
depois desta experiência da pandemia.
“Querermos ser pessoas mais
bonitas, criar negócios mais bonitos, sustentáveis e socialmente justos. É isto
que queremos tirar como aprendizagem desta pandemia”, começou por referir
naquela que foi a sua primeira conversa com uma audiência portuguesa. “Todos
nós vamos caminhar por algum inferno. Mas não podemos sair do sofrimento sem
que este nos ensine alguma coisa. A dor tem de nos ajudar a viver uma vida
melhor do que aquela que tínhamos antes. A dor é a grande professora”, afirmou.
Descrevendo as diferentes partes
da jornada da dor - sobreviver, curar e crescer (e aqui eu próprio fiz uma
autêntica viagem ao meu recente processo de transformação pessoal), Steve Leder
destacou o facto de os momentos difíceis provocados pelo novo coronavírus estarem
a fazer-nos olhar para a vida de uma forma. “Não estou a dizer que merecemos
isto. Estou a dizer que aquilo pelo qual estamos a passar vai permitir
transformar as nossas vidas para algo melhor”, acredita o mestre em letras
hebraicas, que revelou ainda aos participantes tudo aquilo que aprendeu durante
este contexto pandémico dramático.
Neste primeiro Inspiring Moment falou-se
também de saúde emocional. Cristina Amaro, presidente da EBCommunity, foi a
moderadora de um debate que procurou refletir sobre a forma como a pandemia
está a transformar os espaços de trabalho, tornando-os mais seguros, leves e
criativos, ao mesmo tempo que conferem um maior equilíbrio emocional dos
colaboradores nestes tempos tão desafiantes.
Susana Mira, diretora da Agência
Smart Comunicação, foi a primeira oradora neste painel, relatando pela primeira
vez em público a sua história de transformação pessoal, explicando todo o processo
que teve de atravessar até poder doar um rim à sua irmã, diagnosticada com
insuficiência renal. Com todas as dúvidas de quem é mãe de dois filhos menores,
mas também com toda a burocracia, consultas, exames e dificuldades associadas a
um processo deste género, Susana viveu momentos fisicamente e emocionalmente
dolorosos, mas ganhou uma nova perspetiva da vida: “É preciso ter esta
aprendizagem. A aprendizagem pela dor. Nós só mudamos quando nos sentimos
desconfortáveis. Esta situação limite de dor deu-me um vislumbre daquilo que eu
quero e não quero para a minha vida. É uma força que me move. Hoje ninguém me para”.
Uma história dura, mas com final feliz: há 3 anos criou a sua própria agência
de comunicação. “Isto deu-me força para avançar. Uma pessoa que passa por uma
grande transformação quer também transformar outras pessoas. A Smart Comunicação
quer inspirar pessoas, marcas e empresas autênticas”, concluiu.
Logo de seguida, Aida Chamiça, coach executiva de gestores de
topo, fez questão de frisar que o desafio para os líderes, numa altura em que
estão empenhados a segurar as organizações, é conseguirem terem o distanciamento
necessário para pensar estrategicamente e criar o futuro que não era aquele que
tinham desenhado. Questionada sobre se o coaching deve ser utilizado na dor ou como
ferramenta para nos fazer evoluir, Aida afirmou que ele é apropriado nos dois
momentos. “A dor tem um potencial transformador, mas a luta não está ganha.
Somos chamados para a viagem do herói, mas é aquilo que fazemos com a dor que
nos vai definir”, sublinhou.
Já Joana Santos, diretora clínica
do Grupo Longevity Wellness Worldwide, considera que “ainda existe um longo
caminho pela frente” no que diz respeito à forma como os líderes se preocupam
com a necessidade de termos pessoas equilibradas e com saúde, quando elas são a
base das empresas. “Eu não tenho notado que esta situação de calamidade tenha
trazido algo de positivo. Pelo contrário. Eu tenho muitos pacientes a sofrerem
de ansiedade. Esta necessidade ainda não está interiorizada. Gostava muito que
esta realidade mudasse”, confidenciou.
Para que esta realidade mude e os
colaboradores melhorem a sua saúde emocional, os próprios espaços físicos de
trabalho desempenham um papel essencial. Um aspeto destacado por Sílvia Ramos, fundadora
da Insight Interiores, e Paula Gomes, arquiteta de interiores da mesma empresa,
responsável pela renovação da The Empower Brands House, a casa do Imagens de
Marca e da EBCommunity. As duas profissionais explicaram-nos como a transformação
dos espaços, através do aroma, das cores, da textura ou da luz, podem realmente
trazer positividade saúde, bem como melhorar a produtividade dos colaboradores
das empresas.
Estes foram apenas alguns dos
pontos abordados num debate enriquecedor que vai em breve dar origem a um
artigo exclusivo para os membros da comunidade.
Caso
queira ter acesso exclusivo a este Paper envie e-mail para publicaffairs@ebh.pt.
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