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Apesar dos últimos incêndios que afetaram a região no último verão, a Serra da Estrela continua a ser um destino de excelência para quem quer passar uns dias serenos longe da azáfama da cidade.
É um território que dispensa apresentações. Conhecida pela sua beleza natural e biodiversidade, a montanha mais alta de Portugal Continental é um destino de sonho para qualquer amante da natureza. Mas os incêndios que inevitavelmente deixaram marcas na paisagem no último verão – e que ecoaram durante várias semanas nos media – levaram a que nos questionassemos se realmente teríamos perdido todo este património natural único. Mas não. Na realidade, “apenas” 25% da área protegida da Serra da Estrela foi, de facto, atingida pelos fogos. Na rubrica “Destino Sustentável” do Imagens de Marca conseguimos testemunhar com os nossos próprios olhos que a maior parte da paisagem está intacta, continuando a oferecer uma experiência mágica a qualquer visitante. Desde criança que ouvimos falar dela, sobretudo no inverno: é nesta altura que se cobre de branco e em que dá a oportunidade aos visitantes de usufruirem da neve e da sua pista de ski. Mas, na verdade, este templo natural é fascinante em qualquer estação do ano.
Estentendo-se por mais de 100 mil hectares, o Parque Natural da Serra da Estrela é a maior área protegida portuguesa e é inclusive uma Reserva Biogenética, um estatuto internacional que se deve à presença de espécies de flora e fauna únicas no país, como é o caso da raposa, do lobo ou do coelho-bravo-europeu. Entre lagos, cascatas de água e formações de granito, à medida que subimos a serra descobrimos recantos e segredos que encantam qualquer turista. A poucos quilómetros de Seia, na aldeia de Lapa dos Dinheiros, encontramos um deles. Foi com a visão e persistência de Maria Manuel Silva e do marido que as Casas da Lapa nasceram. Um verdadeiro refúgio turístico de luxo destinado ao turismo de natureza e de descanso. “Não houve um impacto direto dos incêndios nesta encosta ocidental da serra. Houve um impacto grande na perceção de segurança e na imagem da Serra da Estrela e agora precisamos de transmitir a ideia de que é um destino seguro, que oferece paisagens fantásticas e que merece ser visitado”, começa por nos referir a proprietária desta unidade de charme, que nasceu da recuperação de uma casa em ruínas datada de 1832, e que hoje disponibiliza 7 quartos e 8 suites com vistas para a serra.
Integrado em pleno Parque Natural, o projeto tem desde a sua origem um forte compromisso social e ambiental. “Desde logo é um hotel de baixo impacto. É relativamente pequeno, tem apenas quinze quartos, e a arquitetura teve em conta a aldeia e a topografia do terreno. Nós privilegiámos o granito, que é um material que resiste milénios, e na decoração privilegiámos a madeira, o Burel, que é produzido em manteigas, na Burel Factory, e mobiliário clássico dos anos 50, de design português e dinamarquês, intemporal”, descreve Maria Manuel Silva. Com uma cascata privada, piscinas panorâmicas, uma bilioteca, um restaurante dedicado à gastronomia regional e ainda um SPA que aposta na aromaterapia, com óleos resgatados da natureza, este hotel envolve-nos numa autêntica experiencial sensorial e de relaxamento, promovendo o regresso às origens e a preservação dos valores naturais e patrimonais da região.
“Cada vez mais o turista procura sustentabilidade e autenticidade. As nossas políticas ambientais passam pela utilização de painéis solares - vamos, aliás, no próximo ano triplicar o número de painéis solares - passa pela separação criteriosa dos lixos, compostagem e algo que nós estimamos muito que é a utilização de produtos alimentares, locais e regionais, que tenham viajado poucos quilómetros para chegar até à mesa dos nossos hóspedes”, explica a proprietária, revelando-nos que, nestes dois anos e meio em funcionamento, os principais mercados emissores de turistas, como o holandês e o israelita, são aqueles que procuram de preferência turismo de natureza.
Entre o ar puro e os mais de 300 quilómetros de trilhos pedestres da Serra da Estrela – um passeio a pé é uma das melhores formas de descobrir os recantos da montanha – ficamos a conhecer as nascentes dos maiores rios portugueses, os deslumbrantes vales glaciares de Loriga e Manteiga, formações rochosas naturais que parecem ter sido esculpidas pelo homem e outros tantos locais que nos fazem acreditar que uma vida simples, em harmonia com a natureza, é uma verdadeira fonte de felicidade. No sopé da serra, na aldeia de Tranvacinha, entramos num lugar que nos transporta para uma espécie de mundo encantado e de fantasia. Com as suas casas em pedra, com telhados de giestas, dispostas em torno de uma piscina biológica, o Chão do Rio presta homenagem à cultura e paisagem pastoril, proporcionando uma experiência de alojamento sustentável.
“É uma unidade de turismo rural que pretende ajudar as pessoas a reconectarem-se com a natureza. Os turistas que vêm aqui têm a possibilidade de contactar com as pessoas que são de cá, de respirar a cultura pastorícia, logo a começar nos nossos telhados que são decorados com giestas que nós recolhemos na envolvente. Temos uma horta, onde cultivamos as nossas abóboras que vão ser utilizadas na confeção da compota, que é um dos expoentes máximos aqui do nosso cabaz de pequeno almoço. Além disso tem pequenos canteiros com alguns hortículos que têm o objetivo de completar a experiência turística. As crianças podem ir até à horta, colher pequenos frutos e legumes e perceberem qual é a origem daquilo que consomem”, explica Catariana Vieira, gerente e proprietária do Chão do Rio, que juntamente Rodolfo Silva abraçaram o projeto há 11 anos. O casal oriundo de Ílhavo, que gostava de andar no meio da floresta e identificar árvores, sonhava ter um local onde as pudesse plantar. Acabaram por encontrar este local, transformando-o em alojamento rural. Hoje a quinta conta com 8 hectares e é certificada pela Biosphere Sustainable Tourism, uma certificação que responde aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas.
Nos últimos anos, o Chão do Rio tem sido também afetado pelos incêndios que têm assolado a região. Os últimos de agosto não atingiram as habitações, mas deixaram marcas na área florestal envolvente, no prado e em algumas estruturas de madeira. Depois de ter estado encerrada por este motivo, a quinta voltou a reabrir e está a receber novamente hóspedes, tendo agora em vista um novo projeto: recuperar a área verde perdida e torná-la numa floresta com espécies autóctones, a “Floresta da Esperança”. “O que estamos neste momento a fazer é recuperar um bosque de carvalhos que agora está em regeneração. Através da colaboração com diversas instituições vamos precisamente fazer o adensamento. Já temos algumas ações em vista com escolas e também com as instituições com quem colaboramos. (...) Isso é aquilo que nós procuramos fazer aqui no Chão do Rio: um turismo regenerativo”, afirma Catarina Vieira.
Deixar o território em melhores condições do que estava é, afirma, a visão e aquilo que move os proprietários do Chão do Rio. Um projeto turístico que se junta a outros tantos na procura pela preservação e regeneração daquilo que de melhor a Serra da Estrela tem para oferecer: a sua natureza.
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