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Nota da direção editorial: Ultrapassámos os nossos records de audiência em Televisão e Online nos últimos meses. Obrigado por ter estado connosco!
Agora, que começamos um novo ciclo, queremos continuar consigo e a tê-lo sempre ao nosso lado. Mais do que nunca é preciso estarmos juntos!
A pandemia veio trazer grandes desafios de liderança aos gestores
de todo o mundo, seja pela rápida transformação digital, o teletrabalho, a
incerteza do futuro ou a crise económica global. O momento mudou também a
perceção dos líderes portugueses que, apesar de tudo, acreditam no
regresso à normalidade da atividade económica no espaço de um ano.
A conclusão é do Barómetro Rep.Circle “Covid-19: A perceção do Top
Management em Portugal” que refere que 65,5% dos
entrevistados não consegue definir se está pessimista ou otimista em relação à situação económica pós-Covid-19. A unanimidade
está no impacto negativo na economia portuguesa.
A iniciativa da plataforma criada pela Lift Consulting, Rep.Circle, contou com a colaboração de elementos
das administrações de topo e das primeiras linhas das principais empresas a
operar no nosso país.
45,7% dos entrevistados diz acreditar que, apesar da lenta
atividade económica, a sua empresa terá superado a contração até ao final do
próximo ano, havendo ainda uma fatia significativa dos executivos
(37,9%) convicta de que o retorno à normalidade se fará já em 2020. Apenas 5%
não prevê uma recuperação económica da sua empresa antes de 2022.
Os gestores portugueses realçam pela positiva o papel dos
serviços de saúde (63.4%), as forças de segurança (57,8%) e o Governo (52,1%). No fim da tabela ficou o Presidente da República,
Marcelo Rebelo de Sousa, que apenas viu valorizada a sua atuação por 23,1% dos
líderes nacionais.
A maioria acredita que o comportamento das empresas tem
correspondido às expetativas, com o retalho alimentar a ser altamente
reconhecido por 87,8% da amostra, com a Sonae, Jerónimo Martins e Lidl a
destacarem-se nas referências espontâneas.
Por outro lado, a banca, setor
essencial à superação do período de adversidade, apenas é referida
positivamente por 21,4% dos entrevistados e negativamente por 78,6%.
A maior preocupação dos gestores: os colaboradores
No topo das preocupações internas dos
executivos estão as iniciativas corporativas que permitem manter os
colaboradores, apesar da desaceleração da atividade económica (80,8%), bem como
a promoção do teletrabalho (78,2%).
A antevisão da normalidade implica,
porém, a mudança de alguns investimentos e a adaptação das empresas à realidade
do país. Uma realidade que
antecipa cortes nos próximos seis meses nos
‘Recursos Humanos’ (31,4%) e no ‘Investimento em Comunicação’ (26,8%),
por oposição a um reforço de 18,7% em ‘Tecnologia’.
A comunicação é, na verdade, um
investimento pouco considerado ainda
numa fase pré-Covid, sendo uma das suas áreas de intervenção – a gestão de
crise – amplamente desvalorizada. Da amostra auscultada, quase 60% dos líderes
corporativos afirma que a sua empresa não tem um responsável de crise, ficando
essa tarefa repartida por vários elementos da direção.
Sobre aos canais escolhidos pelas
organizações para veicular as suas mensagens, os ‘Canais Próprios
Digitais’ (72,3%) e as ‘Redes Sociais’ (71,2%) são os eleitos pelos gestores,
uma aposta que pretendem manter nos próximos anos. Verifica-se
ainda uma desvalorização da ‘Rádio’ (87,5%) e dos ‘Principais Canais de
Televisão’ (85,6%), considerados
pouco relevantes para a comunicação das empresas.
Reputação corporativa é
desvalorizada
No que à reputação corporativa diz
respeito, identifica-se uma enorme dificuldade em classificar o impacto da
Covid-19 neste que é um dos mais importantes ativos intangíveis. A
vasta maioria dos entrevistados (80,2%) não tem a certeza se o momento de crise
terá repercussões reputacionais, havendo apenas 15,2% que encontra
aqui uma oportunidade de melhoria das perceções sobre a sua organização.
Quando questionados sobre as
dimensões da reputação corporativa mais relevantes no atual contexto,
os quadros diretivos destacam a importância da ‘Visão e
Liderança’ – o papel do líder e a sua visão clara do futuro -,
logo seguida da ‘Cidadania’ e do ‘Ambiente de Trabalho’. Note-se
que tradicionalmente a dimensão ‘Produtos e Serviços’ é o principal driver da reputação das
empresas, em Portugal e não só, sendo neste estudo a variável menos valorizada
pelos inquiridos.
Salvador da Cunha, CEO da Lift Consulting e fundador do Rep.Circle, alerta que “já é tempo de
os gestores portugueses compreenderem a importância da reputação corporativa, um ativo por vezes
desvalorizado, mas que traz grandes benefícios às organizações, sobretudo no
contexto de crise como o que vivemos. Há demasiadas variáveis que não podemos
controlar numa situação de pandemia, e daí o nível de incerteza aferido pelo
barómetro, mas ter as ferramentas para medir, monitorizar, mitigar e gerir o
impacto que as perceções poderão ter nos resultados do negócio, trará
seguramente um nível de confiança acrescido aos decisores”.
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