Nota da direção editorial: Nos últimos 3 meses reinventámos o nosso trabalho a partir de casa e conseguimos nunca parar a produção de informação. Criámos mais e novas formas de a fazer chegar até si, apostámos em conferências na web com momentos de reflexão e partilha de conhecimento com profissionais altamente reputados dentro e fora de Portugal, sempre gratuitamente. Produzimos papers de elevado interesse para decisores de empresas com as ideias mais importantes de cada conferência/debate e preparamo-nos agora para iniciar as atividades da nossa Empower Brands Community, na área da academia, para que o conhecimento possa chegar cada vez mais longe e a mais pessoas enriquecendo também o mercado. Estamos a cumprir o nosso propósito.
Durante o período de confinamento muitas marcas procuraram
passar com nota positiva o chamado exame de “employer branding” (a reputação da empresa como marca empregadora, como um local para trabalhar).
As empresas ergueram a bandeira da transparência na
comunicação interna, apreciando o esforço dos seus colaboradores nestes
momentos de incerteza e apostando na confiança e na flexibilidade. Mas como é
que se gere adequadamente o capital humano que vai continuar “infetado” com
o “vírus do medo”? Num artigo para a revista alemã W&V, Rotraud Diwan, General
Manager da Hi! Employer Strategies, sugere alguns pontos-chave para desenvolver
o “employer branding” nestes dias de crise:
1. Cultivar as relações:
A proximidade física acabou do dia para a noite quando a
Covid-19 se começou a propagar vertiginosamente por todo o mundo. No seu lugar
surgiu uma nova proximidade digital baseada nas videochamadas e em conversas
nas redes sociais. Apesar das reuniões do Zoom poderem ser mais “frias” do que
reuniões cara a cara, estes encontros também enriquecem as relações humanas,
que são a principal matéria prima do “employer branding”. É provável que no
futuro a proximidade física e a recém descoberta proximidade digital caminhem
juntas lado a lado no universo do “employer branding”.
2. Repensar a liderança:
Os líderes enfrentam atualmente um duplo desafio. Por um
lado, são diretamente responsáveis pela bem-estar dos colaboradores (bastante afetados
emocionalmente pela pandemia). Por outro lado, devem lidar igualmente com as
consequências do coronavírus na sua própria vida e no seu futuro.
Nestes momentos, os chafes devem assumir, mais do que nunca,
o papel e “role models” no que se refere ao “employer branding”. Para isso
devem partilhar informação de maneira transparente com os seus empregados,
devem abraçar com espírito aberto as novas ferramentas digitais de trabalho, e
devem inclusivamente procurar serem vistos como uma espécie de “coaches”.
Agora é também uma boa altura para que os líderes se
questionem a si mesmos se a flexibilidade imposta pelo teletrabalho deveria
continuar a longo prazo na cultura organizacional.
3. Atrair novos talentos:
As empresas devem aproveitar a atual conjuntura para se
posicionar a nível externo como empregadoras. Durante os últimos meses as
pessoas aumentaram consideravelmente o tempo dedicado ao consumo de meios (e
parece que vão continuar a fazê-lo num futuro próximo), pelo que é uma boa
oportunidade para que as empresas chamem a atenção para si mesmas tendo como objetivo
a captação de novos talentos. Para que isso aconteça é necessário que a
confiança mútua entre as duas partes esteja presente em todo o processo de
recrutamento (necessariamente digital). Ouvir é mais importante do que nunca.
As perguntas colocadas ao candidato devem ser ainda melhores do que antes e é
necessário colocar sobre a mesa maiores níveis de empatia.
4. Construir a marca juntamente com os colaboradores:
As marcas que durante os últimos meses demonstraram estar
comprometidas com o bem-estar comum são percecionadas naturalmente de maneira
mais positiva do que aquelas que quiserem obter lucros com a crise. Segundo Rotraud
Diwan, o melhor de tudo é que várias iniciativas solidárias que foram sendo
desenvolvidas nas últimas semanas no seio de muitas organizações partiram de
ideias dos próprios colaboradores. No chamado “brand building”, quando as
empresas e os próprios trabalhadores exercem o papel de “arquitetos” os pilares
da marca tornam-se muito mais sólidos.
Artigos Relacionados
fechar
fechar
Subscreva a nossa newsletter e receba os temas e as notícias que são realmente importantes para si
Empower Brands Community Newsletter
Obrigado, consulte o seu email.
Li e aceito a política de privacidade.