O luxo em Paris já não fala francês!

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O luxo em Paris já não fala francês!
25 de Janeiro de 2019
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O luxo em Paris já não fala francês!

Portugal tem mesmo a palavra no mundo do prestígio e do luxo no setor do design e do mobiliário no mercado internacional.


Saímos do Parque de exposições em Villepinte em Paris, onde acompanhámos a edição de janeiro da Maison&Objet, com a certeza de que este é um momento muito especial para a nossa indústria do mobiliário e decoração. Digo saímos, porque esta foi uma viagem que me levou a mim e à Cristina Amaro a França para gravar o primeiro episódio da nova rubrica do Imagens de Marca dedicada ao luxo com o título “A Excelência do Luxo”. É uma redundância deliberada. Se é certo que não pode existir luxo sem excelência, é importante mostrar de que é feita essa excelência. Esse é o nosso foco. Começámos por fazer essa primeira análise à presença das marcas portuguesas ligadas ao lifestyle da casa, naquela que é considerada uma das mais importantes feiras internacionais, e em particular na Europa.

Foram 3 dias a percorrer os corredores daqueles que são considerados os pavilhões (hall 7 e 8) dos projetos e marcas de autores onde se destacam os nomes mais consagrados e as empresas que se posicionam nos segmentos premium e de luxo. No fundo, onde uma boa parte dos participantes ambiciona estar um dia. É certo que, este ano, a organização da feira - que para Paula Sousa, fundadora e diretora criativa das marcas Ginger&Jagger e Munna é uma “segunda casa que as marcas portuguesas têm no seu processo de internacionalização” - quis criar uma experiência mais eclética e deu oportunidade a que marcas que normalmente estavam no Hall premium pudessem evoluir para o universo mais exclusivo do luxo. Mas, também, não é menos verdade que os critérios para se conseguir esta localização se mantém muito rigorosos. Ou seja, o aumento do número de marcas portuguesas - um total de 18 das 110 participantes - no Hall 8 “Signature” destinado às marcas de excelência, onde o valor do craftmanship é uma realidade e se posicionam os nomes da “alta-costura” do mobiliário e decoração, explica-se pela notável qualidade e capacidade que as marcas e empresas nacionais estão a ter de surpreender o mercado internacional com peças e ambientes pensados com design, criatividade e uma extraordinária produção customizada muito assente na arte da manufatura. Requisito fundamental para se criar uma relação única e exclusiva com o cliente de luxo. O sentimento que trago destas conversas e histórias que vou partilhar ao longo das próximas semanas aqui na nossa seção dedicada à “A Excelência do Luxo” é de admiração e orgulho!

Somos finalmente destemidos a arriscar e a mostrar que temos imaginação e que conseguimos criar peças de valor acrescentado. As nossas fábricas têm artesãos que são artistas únicos, conhecedores das mais refinadas técnicas para moldar e transformar em obras de arte metais, pedras e madeiras. E para quem ainda não reparou bem, na importância destes ofícios tradicionais para esculpir uma nova resposta da indústria nacional aos desafios do mercado internacional, o setor do mobiliário e decoração, segundo a APIMA – Associação Portuguesa das Indústrias do Mobiliário e Afins –, já exporta mais que o calçado.

As cerca de 2 mil empresas representam hoje 2% das exportações de bens nacionais e o setor conquistou em 2018 um volume de negócios em exportações de 2 mil milhões de euros. “Nós temos o exemplo deste certame, há 5 anos tínhamos uma empresa no luxo, no pavilhão “Signature”, e hoje temos 18 empresas e depois, aqui ao lado, no pavilhão 7, temos mais 50 empresas onde uma parte delas vai fazer essa transição num futuro muito próximo. Estamos a gerar valor acrescentado porque a dimensão das nossas empresas, sendo maioritariamente micro, pequenas e médias empresas, não tem capacidade para competir pela quantidade e então têm que apostar no valor acrescentado, e, como tal, o mercado do luxo permite gerar um valor mais acrescentado, permite um posicionamento onde para além do produto vendemos um serviço associado muito grande”, explica Gualter Morgado, diretor executivo da APIMA.

À Luz do luxo a Serip é uma iluminação para o mundo

A Serip, no segmento da iluminação, é um destes casos. Nasceu em 1961 e pode impor-se à luz de uma experiência de mais de 55 anos dedicados à produção de candeeiros. As peças, que embora fixas no espaço da marca que visitámos na Maison&Objet, expressam uma liberdade arrebatadora. Lembram as folhas que o vento levanta com elegância num dia de outono ou as gotas de orvalho que caem levemente de uma folha com o amanhecer. São obras de arte imaginadas, desenhadas e fundidas pelas emoções de toda uma equipa interna, que começa no atelier de design e se estende até às mãos dos artesãos que moldam as matérias primas quase 100% recicláveis e que vão do bronze ao vidro. Mário Rui, presidente da empresa, explica que a Serip, na sua opinião, criou mesmo uma nova tendência de iluminação. “As pessoas dizem que é orgânico. Orgânica pressupõe um entendimento e um respeito por tudo o que nos rodeia. Tudo o que é verde, tudo o que é azul, os cheiros, as cores e esse mesmo respeito até no produto que nós usamos, as nossas matérias-primas são quase 100% recicláveis, o próprio vidro e o metal que é feito em Portugal. Tentar puxar pela nossa economia e tentar ensinar que um pequeno país, que já quase foi dono do mundo inteiro, ganhou esse conhecimento e transmite… somos os «Cristianos Ronaldos» a levar o nome de Portugal para todo o mundo!”.

O espírito desalinhado da natureza viva e harmoniosa



Ninguém fica indiferente aos formatos assimétricos e às dimensões desproporcionais das propostas de iluminação inovadoras da Serip. São peças que enchem uma sala e que atraem todos os olhares. Apelam à contemplação como uma verdadeira obra de arte. Um design que se diferencia e que tem no Médio Oriente alguns dos clientes mais apaixonados, como explica o presidente da marca: “temos uma especial atenção pelo mercado do oriente. Está a evoluir bastante, está a consumir bastante, e são muito respeitosos perante tudo o que se faz em Portugal. Devo acrescentar que fomos a primeira empresa portuguesa que abriu uma loja na Indonésia, o que tem um valor enorme”.

A marca vende atualmente para mais de 70 países e a estratégia de distribuição passa pela abertura de lojas com parceiros locais. Inaugurou recentemente um espaço no Vietname, em Hanói, e em março segue-se Singapura e ainda em 2019 também cortará a fita em Moscovo. Afirma-se como uma empresa pequena, mas musculada. Cada peça Serip pode levar 3 semanas a fazer com valores de venda a rondar os 60 mil euros. Não são produtos. São objetos “muito elaborados com muita emoção”, afirma Mário Rui, um empresário cheio de orgulho no seu trabalho e no talento do seu país. Recebeu-nos no seu stand com um sorriso acolhedor e muito entusiasmado com a visita do Imagens de Marca!

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