No palco do Maxime passaram grandes nomes da cultura portuguesa: Raul Solnado, António Calvário e até Simone de Oliveira. Estes são apenas alguns dos nomes que deixaram marca neste espaço. Para além disto, estas paredes estão repletas de histórias e de personagens deliciosas que agora voltam à vida pela mão do Grupo Hotéis Real.

O Maxime Hotel quer devolver aos lisboetas o antigo Maxime e aproveitou os antigos escritórios que ficavam em cima do antigo cabaré para se reapresentar como hotel. António Gonçalves, Administrador do Grupo, recebeu-nos neste espaço e fez-nos uma visita guiada por este local que já se está a revelar um sucesso. Na sua primeira semana de abertura e sem qualquer tipo de divulgação chegou a funcionar perto dos 100% de capacidade.

Uma atenção ao detalhe toda ela baseada numa exaustiva pesquisa histórica que demorou 2 anos a ser concluída que ajudou a recriar algumas das personagens que os hóspedes vão poder conhecer durante a sua estadia. Histórias de espiões, jogo ilegal, pide, bailarinas espanholas que fugiam a Franco para poderem atuar no Maxime são alguns dos relatos que voltam à vida no número 58 da Praça da Alegria, palco de alguns dos escândalos de Lisboa na altura do estado novo.

Com 70 quartos e outros 5 temáticos, alusivos ao antigo cabaré, a experiência do Maxime começa para o hóspede muito antes de ele entrar. Lady Maxime é a nossa anfitriã, nunca a vemos, mas as mensagens que nos deixa ao longo da estadia fazem-nos sentir o contrário. É uma personagem fictícia especializada na arte de bem receber.

A partir do próximo mês o espaço do bar irá contar com espetáculos alusivos à época. É possível ir assistir ao espetáculo, jantar ou simplesmente ir beber um copo ao fim do dia. O novo espaço conta com um investimento que ronda os 8 milhões de euros, um valor que o grupo espera recuperar nos próximos 7 anos.