O desenvolvimento da Inteligência Artificial (IA) apresenta novos desafios ao jornalismo. Profissionais querem agora limitar o uso destas ferramentas na profissão, de acordo com o estudo “Sonda + M / Central de Informação”.

Ainda que a maioria dos jornalistas admita que utiliza ferramentas de IA durante a realização do seu trabalho (54% na pesquisa de informação e 10% na adaptação de textos jornalísticos a outros formatos), muitos dizem ser urgente a regulamentação para limitar o uso de IA. 68% dos inquiridos acredita que a utilização descontrolada pode colocar em risco os códigos deontológicos.

Segundo este inquérito, são várias as razões apontadas para que nos próximos tempos estas ferramentas não substituam o papel dos jornalistas. Em primeiro lugar, “porque não têm critérios jornalísticos” (59%). Em segundo lugar, “porque não permitem a diferenciação do trabalho do jornalista” (27%). Por último, porque apenas poderão substituir os jornalistas “na entrega de conteúdos com base no histórico e localização dos leitores” (5%).

Os restantes 9% dizem que a profissão está ameaçada porque as ferramentas de IA “serão mais rápidas e eficazes”.

A segunda edição da “Sonda + M / Central de Informação” é um barómetro de media composto por 49 jornalistas portugueses em cargos de edição e chefia, de mais de 30 órgãos de comunicação social portugueses de âmbito nacional.