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O cultivo de cânhamo é conhecido pela sua capacidade de capturar grandes quantidades de dióxido de carbono (CO₂) durante o crescimento, contribuindo ativamente para a descarbonização da atmosfera.
A dte, empresa do dstgroup que trata de montagens em instalações especiais, anunciou que está envolvida na construção da primeira fábrica do mundo que faz o tratamento do cânhamo (divisão da planta em diversas matérias-primas) e a produção de blocos de cânhamo.
A nova unidade, cujo investimento global ascende a quase 800 mil euros, e que ficará situada em Ourique, no Alentejo, pretende revolucionar o setor da construção em Portugal e no mundo, “dado que os ecoblocos de cânhamo reduzem, significativamente, a pegada carbónica na edificação de infraestruturas modernas, uma vez que são feitos a partir de materiais 100% naturais”, lê-se num comunicado enviado às redações.
Ainda segundo a nota de imprensa, os ecoblocos “irão permitir uma construção mais sustentável, dado que o cânhamo absorve grandes quantidades de CO₂ durante o seu cultivo, e os blocos resultantes têm propriedades que contribuem para a eficiência energética dos edifícios”.
Para além disso, devido aos seus componentes, são um material de construção que não gera desperdício em obra, recorrendo a um material altamente eficiente em termos energéticos, que vem juntar alvenaria e isolamento num só produto.
A dte será responsável pelo fornecimento, transporte e montagem de materiais e equipamentos referentes a instalações elétricas e de AVAC. “Este projeto é mais um exemplo do nosso compromisso com a excelência na engenharia e infraestrutura industrial”, destaca Ricardo Carvalho, CEO da dte.
E continuou: “A Unidade Industrial de Cânhamor irá contribuir para o desenvolvimento económico e tecnológico da região, e a dte está empenhada em garantir que a sua construção decorra com os mais elevados padrões de qualidade e eficiência. Com esta obra, reafirmamos a nossa posição como um parceiro de referência em projetos de grande escala, apostando na inovação e na sustentabilidade para impulsionar a indústria do futuro”.
Instalada num terreno de 57 476 m2, cedido pela Câmara Municipal de Ourique, a nova unidade fabril inicia operações este verão e dinamizará a economia local com a criação de dezenas de postos de trabalho.
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