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Em causa está uma obra promovida pela Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres que, tal como é esclarecido em comunicado de imprensa, pretende ilustrar “sem maquilhagem, sem vozes distorcidas ou eufemismos, a realidade do sistema de prostituição que afeta desmesuradamente as mulheres e jovens em situações vulneráveis”.

Estando disponível no canal de YouTube da referida plataforma, o documentário apresenta “o testemunho na primeira pessoa de uma sobrevivente portuguesa do sistema de prostituição, e que agora trabalha no apoio a mulheres traficadas para fins de exploração sexual”, refere a mesma nota. Por outro lado, o filme engloba ainda os testemunhos de organizações portuguesas que prestam apoio no terreno às pessoas em situação de prostituição.

Ana Sofia Fernandes, presidente da Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres, refere que “ainda há muito pouco esclarecimento em Portugal sobre o sistema de prostituição e, por isso, perpetuam inúmeros mitos em torno da legalização da prostituição como forma de maximizar os Direitos Sociais e Humanos destas mulheres e jovens, o que é uma verdadeira quimera”.

Este documentário surge, assim, numa altura em que, dentro do contexto da União Europeia, 62% do tráfico de seres humanos ocorre para fins de exploração sexual, com 95% das vítimas a serem mulheres e raparigas.

O documentário foi produzido no âmbito do EXIT | Direitos Humanos das Mulheres a Não Serem Prostituídas, um projeto que pretende ajudar a compreender como funciona o sistema da prostituição, bem como a violência inerente ao mesmo.