Apenas cinco marcas são reconhecidas pelos portugueses com uma avaliação de excelência no que toca às práticas de ESG: Delta, Nestlé, Danone, Águas das Pedras e Luso. A sigla de três letras, que significa Environmental, Social and Governance, tem vindo a fazer parte da agenda das organizações, mas Portugal ainda recolhe uma avaliação moderada nestas práticas de sustentabilidade.

Os dados são da consultora OnStrategy que lança, pelo segundo ano consecutivo, um estudo que reflete o olhar dos cidadãos portugueses no que toca à sustentabilidade ESG das marcas e das indústrias. 

Entre os setores de atividade destacam-se pela positiva o retalho alimentar, energia, holdings e retalho de saúde e bem-estar. Os setores mais expostos e menos reconhecidos pelos portugueses como bons exemplos de práticas ESG são a indústria financeira (banca, seguros, crédito ao consumo), o luxo e acessórios de moda, a engenharia e a construção.

“Entre as três dimensões que compõem o índice de ESG, e de uma forma transversal também, destaca-se a de Governo, com a melhor pontuação (69 pontos em 100 pontos) e a de Responsabilidade Ambiental com a avaliação mais baixa (46 pontos)”, explica em comunicado Pedro Tavares, sócio e diretor geral da OnStrategy.

Portugal tem ainda um longo caminho pela frente no que toca à estratégia de sustentabilidade ESG nas organizações, no entanto, de acordo com os resultados do estudo, o conceito tem ganho mais notoriedade e relevância nos últimos anos. Os mais jovens são os que consideram estas práticas na intenção de compra, preferência, recomendação, defesa perante crises e atração como local para trabalhar.

O Imagens de Marca esteve à conversa com o responsável da OnStrategy para perceber qual o caminho de futuro das marcas e das empresas no que toca ao ESG e mostra-lhe tudo na próxima emissão.

A avaliação decorreu entre os dias 1 de abril de 2022 e 31 de março de 2023, junto de mais de 50 mil cidadãos que refletem a sociedade portuguesa em termos de distribuição geográfica, género, idade, grau de formação e classe social. Numa escala de 100 pontos, foram auditadas mais de 2 mil marcas.