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1/3 de todos os alimentos produzidos no mundo
acabam no lixo e só em Portugal há um milhão de toneladas de comida que nunca
chega a ser consumida.
Os
números levaram a Missão Continente a associar-se ao movimento cívico nacional
"Unidos Contra o Desperdício", criado este ano para chamar a atenção
para a problemática do desperdício alimentar.
No
manifesto é possível ler que o objetivo é "tornar habitual o
aproveitamento de excedentes, alertar para perdas e desperdícios, incentivar e
facilitar a doação das sobras e promover o consumo responsável".
"O
combate ao desperdício é uma das grandes prioridades do Continente. Todos os
processos de compra, de aprovisionamento e de operação das lojas e entrepostos
são pensados com vista à prevenção da quebra. O Continente, enquanto líder no
retalho alimentar em Portugal, tem assumido ativamente a responsabilidade de
influenciar toda a cadeia de valor neste movimento, desde o produto até ao
consumidor, pelo que a nossa adesão, através da Missão Continente, tinha de acontecer",
explica em comunicado Pedro Lago, diretor de projetos de sustentabilidade e
economia circular da Sonae MC.
O
reaproveitamento e redistribuição de bens alimentares, através de doações de
excedentes alimentares, a instituições de solidariedade social e de apoio a
animais, faz parte do dia a dia das lojas Continente. Em 2019, a Missão
Continente reaproveitou um total de 12,3 milhões de euros em excedentes
alimentares, dos quais 8,5 milhões foram doados a 1013 instituições de
solidariedade social e a associações de apoio a animais espalhados pelo país e
os restantes disponibilizados aos colaboradores, nas áreas sociais lojas e
entrepostos.
Outra
estratégia de combate ao desperdício alimentar, implementada há mais de 10 anos
nas lojas Continente, são as etiquetas cor de rosa, que comunicam uma redução
de preço em produtos que se aproximam ao fim do prazo de validade. Este sistema
evita o desperdício e oferece simultaneamente benefício económico ao
cliente.
O
Continente desenvolveu ainda caixas de 5 kg com frutas e legumes que estão
perto de ultrapassar o ponto ótimo de consumo à venda por apenas 50 cêntimos o
kilo. Já no caso dos excedentes que perdem efetivamente o seu valor comercial,
o Continente tem promovido a sua transformação com o objetivo de lhes dar uma
segunda vida, acrescentando valor, como é o caso dos doces e chutneys: o
Continente foi o primeiro retalhista nacional a utilizar excedentes das suas
lojas para confecionar estes produtos, em 2017.
Isabel
Jonet, presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome,
uma das entidades fundadoras do Movimento, alerta para o facto de o
"desperdício alimentar estar no topo das prioridades dos países, das
empresas e dos consumidores. Precisamos de sensibilizar a sociedade, de forma
geral, para este problema, através de instrumentos e informação, para que
possamos reverter o atual cenário de desperdício de alimentos".
O movimento "Unidos Contra o Desperdício" nasceu no "Dia
Mundial da Consciencialização para as Perdas e o Desperdício Alimentar".
Ao longo do ano, e com o apoio dos seus fundadores (AHRESP, APED, APLOG, Lisboa
Capital Verde Europeia 2020, CAP, CIP, CNCDA, Zero Desperdício, FPBA e Refood),
o movimento tem planeado um conjunto de ações para impactar e consciencializar
a sociedade para a importância do tema.
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