Como a sustentabilidade me levou a descobrir a faceta de cozinheiro!

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Como a sustentabilidade me levou a descobrir a faceta de cozinheiro!
18 de Maio de 2023
Como a sustentabilidade me levou a descobrir a faceta de cozinheiro!
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Francisco Branco
Jornalista e Coordenador Brands Channel
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Mais conforto com menos impacto ambiental. São cada vez mais os projetos turísticos nacionais que nascem já com a preocupação de ter uma baixa pegada ecológica. Visitámos dois hotéis no centro do país que o fazem através de experiências gastronómicas que privilegiam os produtos locais e sazonais.


Portugal quer posicionar-se como um verdadeiro “Destino Sustentável” e, para isso acontecer, é necessário envolver e sensibilizar todos os agentes turísticos. As unidades hoteleiras são uma peça-chave neste caminho e nos últimos anos temos assistido ao nascimento de vários projetos que desde a génese já têm a sustentabilidade no coração da sua estratégia. É o caso do Pena D’Água Boutique Hotel, um dos mais recentes investimentos hoteleiros na região da Serra da Estrela. Chegámos a este alojamento, localizado em pleno centro histórico da Covilhã, já durante a noite. Apesar de chegar cansado da viagem, a piscina aquecida (e aberta aos clientes do hotel 24 horas por dia) seduziu-me, pelo que decidi dar um mergulho ainda antes de me ir deitar. Foi logo aí que me apercebi de todo o cuidado que houve na recuperação deste espaço, que surgiu da reconversão de uma casa do final do século XIX. Os proprietários decidiram manter os detalhes essenciais que guardam a memória da vida original do edifício, transformando-o num hotel que faz uma fusão entre tradição e modernidade.

 

Quando surgiu a ideia de fazer o Pena D’Água, ele tinha de estar intimamente ligado à natureza e à montanha. Foi aqui que nascemos, corremos e brincámos, e nesta lógica tinha de ter uma fusão e uma simbiose muito grande com a natureza e com a sustentabilidade. Houve uma preocupação desde o primeiro momento, desde a construção. Por exemplo, a preocupação na escolha dos materiais. As vigas de castanho dos telhados antigos serviram para fazer o mobiliário. Os materiais da zona do SPA são de empresas de classificação Leed, como o óleo de linhaça e a cortiça. Fazemos, por exemplo, também o aproveitamento das águas pluviais. Mas depois há um trabalho didático também muito grande tanto com o nosso staff como com os hóspedes”, explica Rui Jorge Barata, administrador do hotel.


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Porque ser boutique implica ser grande no detalhe, para o Pena D’Água (o nome do espaço remete para uma antiga medida de partilha de água) os pormenores fazem realmente toda a diferença. As camas dossel em madeira de castanheiro dos quartos testemunham o reaproveitamento das vigas originais do edifício, salientando a consciência ambiental desta unidade. Uma preocupação que vai muito além das paredes do hotel. Ela é materializada também nas experiências e nos serviços que proporcionam aos visitantes. Carlota Barata, a diretora geral da unidade, leva-nos num passeio de TukTuk elétrico pela Covilhã.


“Temos várias experiências como este passeio pela cidade, nomeadamente pela Rota de Arte Urbana e pela Rota Industrial. Podemos levar um guia, em que mostramos toda a região da Covilhã, da Serra da Estrela, das Aldeias Históricas e das Aldeias do Xisto. Temos também o aluguer de bicicletas elétricas e carregadores elétricos para os automóveis. Em breve, vamos adquirir mais devido à procura elevada que temos tido”, refere a responsável.

 

Voltando ao interior do hotel, de referir que aos 15 quartos e quatro suítes juntam-se ainda oito villas de arquitetura contemporânea minimalista, que proporcionam ainda mais privacidade ao localizarem-se numa área mais elevada. Estas villas são rodeadas por oliveiras e por uma fonte de água de nascente que brota da Serra da Estrela e que alimenta também a piscina exterior. A tudo isto, o Pena D’Água junta ainda mais um bom motivo para justificar a estadia: a sua proposta gastronómica. Além das provas de vinhos da região, o hotel tem um restaurante onde os produtos locais são reis e senhores.


No “Açafrão” há um toque de cozinha de autor e as propostas vão deste o Menu Lã (com quatro momentos de degustação), ao Menu Pêro da Covilhã, passando pelo Menu Serra. Para quem quiser opções à carta, a lista inclui queijo de cabra panado, queijos regionais com compota caseira, bacalhau com ervilha, medalhão de porco ibérico com mostarda, amêndoa, mel e citrinos, entre outras sugestões. O difícil é mesmo escolher e resistir a estas tentações!

 

É em ambiente de montanha que continuamos esta viagem. O próximo destino é o Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, local que acolhe há cerca de 13 anos um conceito inovador na hotelaria nacional. O Cooking & Nature Emotional Hotel, situado na localidade de Alvados, concelho de Porto de Mós, tem sido distinguido ao longo destes anos por conseguir proporcionar um contacto próximo com a natureza e, em simultâneo, uma verdadeira imersão no mundo da cozinha. Com quartos inspirados nas emoções trazidas pelos clássicos do cinema, este espaço intimista destaca-se pela experiência diferenciadora que oferece.


“Foi uma ideia um bocadinho pioneira e realmente tivemos alguma dificuldade de aceitação inicial, porque o facto de pensarmos que quem vinha cozinhar a sua própria refeição ainda tinha de pagar um valor elevado por essa lição de cozinha era algo que não estava implementado na nossa cultura. E, portanto, o conceito nasceu de pensarmos como poderíamos colocar ao dispor de pessoas que não cozinham a experiência de cozinhar”, afirma Rita Anastácio, coproprietária deste design hotel rural.


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Nesta nossa visita fomos desafiados a cozinhar a nossa própria refeição através uma espécie de lição de cozinha. Confesso que não tenho particularmente jeito para estas lides, mas o objetivo era precisamente pôr o meu talento à prova. E confesso que fiquei agradavelmente surpreendido com o resultado do prato que concebi:  massa fresca de cogumelos, courgette, alho francês e limão.


Devido à política de desperdício zero, para estas “Cooking Lessons” é necessário fazer reservas com o mínimo de 48 horas de antecedência. De referir ainda que os hóspedes têm também a possibilidade de desfrutar, em ambiente de convívio familiar, de uma seleção de petiscos proposta pelo Chef Nuno Barros. São experiências onde os produtos da região, mas também de outras zonas de Portugal, constituem-se como ingredientes essenciais.


“Já trabalhamos há muitos anos com os produtores locais e a ideia é termos produtos sazonais e frescos. Na maioria das vezes conseguimos ter essa disponibilidade por parte dos produtores”, refere Rita Anastácio, justificando de seguida a importância desta aposta: “Só o próprio transporte do produto tem uma pegada de carbono muito baixa, porque, no fundo, estamos perto daquilo que é a entrega do produto. O facto de podermos ajudar os pequenos produtores na sua economia local também é bom, porque a economia local alimenta-se de pequenos produtores”, realça.

 

Nesta nossa estadia pernoitámos no The Nest by Cooking & Nature Hotel, o “irmão mais novo” do Cooking & Nature Emotional Hotel. Localizado a poucos metros deste último, este “ninho” de tranquilidade e conforto surgiu de uma requalificação de um antigo turismo rural (Casa dos Matos). Os quartos e apartamentos decorados com materiais naturais, com destaque para a madeira, aproximam-nos da mãe natureza e refletem o contínuo trabalho e investimento deste grupo hoteleiro numa questão que deve ser também prioridade para toda a hotelaria nacional: a sustentabilidade.


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