Combater a fadiga da cibersegurança

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A opinião de Inês Esteves
Combater a fadiga da cibersegurança
20 de Setembro de 2024
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Combater a fadiga da cibersegurança
Inês Esteves
Responsável de Cibersegurança do .PT
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Todos os dias somos bombardeados com notícias sobre ataques informáticos, fugas de dados e novas ameaças online. Ransomware, phishing ou malware são palavras que ouvimos no nosso dia a dia. As nossas caixas de email transbordam de avisos para atualizar palavras-passe, ativar a autenticação de dois fatores e desconfiar de qualquer link suspeito. Tudo isto é imprescindível para que não corramos riscos online, no entanto, muitas vezes este dilúvio de informação sobre cibersegurança acaba por gerar o efeito contrário: a fadiga.


A fadiga da cibersegurança manifesta-se como uma sensação de apatia e exaustão face aos riscos online. Inundados por alertas constantes, começamos a questionar a sua relevância, especialmente quando ignorá-los não parece ter consequências imediatas, mas muita vezes tem.


É quase como a velha história do Pedro e o Lobo. Adiamos atualizações de segurança, clicamos em links duvidosos e ignoramos alertas importantes, não por falta de conhecimento, não por não acharmos que a ameaça existe, mas por puro cansaço. É como se o nosso "radar de perigo", constantemente a apitar, enviasse um falso alarme atrás do outro, levando-nos a ignorar até mesmo os sinais de perigo reais. A bateria da nossa atenção esgota-se, abrindo espaço para que a ameaça, silenciosa e paciente, encontre o momento certo para atacar. No Reino Unido, segundo estatísticas recentes da CybSafe, mais de metade dos trabalhadores de escritório ignoram alertas importantes de segurança online devido ao excesso de informação digital, e isto poderá colocar em causa a segurança da organização e, consequentemente, comprometer a continuidade das operações.


Esta fadiga não é apenas um incómodo individual. É uma ameaça coletiva. Quando estamos exaustos, tornamo-nos alvos fáceis para os cibercriminosos. Os cibercriminosos prosperam na apatia, na desatenção, no momento em que baixamos a guarda, convencidos de que o perigo é exagerado ou distante. Quando a nossa paciência e capacidade de discernimento diminuem, é quando mais ficamos vulneráveis.


Então, como encontrar o equilíbrio entre a vigilância constante e a sobrecarga de informação? O desafio coloca-se não só aos que trabalham na área da cibersegurança, mas a todos os profissionais: precisamos de garantir que a mensagem, sem perder a urgência e a importância, se destaque do ruído e mobilize o utilizador para a ação. Mas como?


Partilho convosco algumas estratégias que podem ajudar a alcançar este objetivo:

Precisão cirúrgica: as mensagens de segurança devem ser relevantes, oportunas e personalizadas. Em vez de alertas genéricos, optar por avisos específicos, direcionados para o risco real e imediato. 

Priorizar e simplificar: as empresas devem facilitar ao máximo a vida dos utilizadores, implementando soluções de segurança intuitivas e fáceis de usar. A autenticação de dois fatores, por exemplo, deve ser simples e integrada nas plataformas que utilizamos diariamente.

Consciencialização inteligente:  a sensibilização é fundamental para proteger tanto indivíduos como organizações contra ameaças online, e envolve a educação e a conscientização sobre os riscos e boas práticas para navegar e trabalhar com segurança no ambiente digital.  Devemos apostar em campanhas de consciencialização criativas e envolventes, que abordem a cibersegurança de forma positiva e prática.

Em Portugal, a sensibilização em cibersegurança tem vindo a ganhar cada vez maior relevância, especialmente com o aumento da digitalização e a crescente dependência de tecnologias digitais. Proteger dados pessoais, redes e sistemas é uma prioridade para as organizações. 


A caminho de outubro, Mês Europeu da Cibersegurança, é hora de repensarmos as nossas estratégias e capacitarmos os utilizadores, empresas e organizações para a presença e uso do digital com confiança e segurança, sem sucumbir à exaustão. Estejam atent@s!

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