O brio é um conjunto de atitudes que envolvem paixão, entusiasmo, dedicação e orgulho pelo que se faz.

Ter Brio é a nossa marca, é o que nos distingue. É estarmos comprometidos com a qualidade, com a entrega de resultados e com a capacidade de superar desafios. É a vontade de se fazer – e fazer mesmo - o melhor possível, mesmo diante de obstáculos.

Sim a vida está cara, muito cara, e os impostos são gigantescos, e a relva do vizinho é mais verde, e há falta de tempo, e não é fácil, e blá blá blá, como uma máquina de lavar a roupa que nunca acaba. Mas há quem siga em diante e tente acabar com este ciclo. São os que se destacam pela excelência do que faz, apoiam colegas de trabalho e até inspiram quem os rodeia pelo seu desempenho excecional. Não se importam se o reconhecimento é obtido, querem dar o seu melhor, sempre, só porque sim.

Quem tem brio profissional tem energia, é auto motivado a alcançar a excelência, mesmo sabendo que é um caminho sem fim à vista. Desempenha as suas tarefas contribuindo de forma significativa para os objetivos da organização. Demonstra uma postura positiva, proativa, aprimora as suas habilidades e conhecimentos, e assume responsabilidade pelo seu trabalho.

Como podemos detetar brio na fase inicial do ciclo do colaborador numa empresa – a entrevista? É possível identificar indícios de brio profissional do candidato e as seguintes abordagens podem ajudar:

• Perspetiva comportamental: fazer perguntas que explorem a ética, o comprometimento e a motivação do candidato em relação ao trabalho. Prestar atenção às respostas e à forma como o candidato descreve as suas realizações. Por exemplo, perguntar sobre situações em que demonstrou dedicação extra para alcançar um objetivo, ou como resolveu desafios com determinação.

• Experiências: pedir ao candidato que compartilhe exemplos concretos, situações em que tenha demonstrado brio profissional. Questione sobre o seu nível de envolvimento, iniciativa e paixão aplicados durante essas experiências. Perguntar até no caso de um primeiro emprego, ou candidatura a estágio!

• Atitude: observar bem o candidato durante a entrevista. Os profissionais com brio tendem a mostrar entusiasmo e interesse genuíno pelo trabalho, há energia ao falar sobre as perspetivas futuras. Os olhos dos mais introvertidos brilham? Prestar atenção ao tom de voz, à linguagem corporal e expressões faciais – são indicadores do nível de paixão e compromisso do candidato.

• Assertividade: solicitar ao candidato que faça um breve teste de aferição ou colocar questões práticas em que esta habilidade social é validada. Esta metodologia potencia um melhor conhecimento do profissional e evita mal entendidos futuros. Quem está na organização confia em nós e espera que a escolha dos novos colaboradores tenha bons critérios. A comunicação assertiva é importante.

• Motivação para a aprendizagem: quem tem brio valoriza o contínuo desenvolvimento pessoal e profissional. Fazer perguntas sobre os esforços do candidato para aprimorar suas habilidades e conhecimentos é importante. Saber que música ouve, que filmes vê e qual é o uso que dá às redes sociais e à internet. Compreender que cursos ou atividades extracurriculares privilegia. O candidato revela desejo de crescimento e busca por excelência?

• Referências e recomendações: solicitar ou obter referências profissionais e entrar em contato. Perguntar sobre a sua ética de trabalho, dedicação, capacidade de superar desafios e contribuição para o sucesso das equipas em que atuou anteriormente. O CV é importante, a entrevista também, os testes de aferição ajudam e esta fase releva muito do que podemos esperar no futuro.

Atalhar estes passos é por a organização, os colaboradores e os resultados em demasiado risco. E a justificação da falta de candidatos não pode, e não deve, ser a barreira que baixa a fasquia. Os melhores profissionais reconhecem as melhores empresas logo na fase da entrevista. Qualquer que seja a função – copeiro, operário, administrador, informático, recursos humanos ou astronauta - para mim, o brio ou se tem, ou estamos tramados.

A Rita, foi minha colega, trato-a sempre por Rita Bonita. É uma profissional ímpar e com muito rock and roll, talvez por isso tenha recebido o título MBE (Member of the Most Excellent Order of the British Empire) e até a BBC quis saber mais sobre quem ela é.

Recorro a esta fonte de inspiração sempre que me pergunto: como está o teu brio hoje? Ou quando me pedem um exemplo de deteção de brio na entrevista e de longevidade na entrega profissional com enorme brilho.

KUDOS aos profissionais que põem a sua marca em tudo o que fazem, porque BRIO PRECISA-SE.