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Desde que iniciamos a nossa carreira profissional, na mais básica das posições, o nosso estilo de liderança começa-se formar. É verdade que no começo não estamos atentos a isto, mas cada experiência vivida, seja ela boa ou má, influencia um pouco o que será o nosso entendimento sobre liderança.
Na maioria das vezes, não somos ensinados a liderar. Um dia uma promoção acontece e somos responsáveis por gerir uma equipa.
Neste momento, alguns agem por impulso, com o uso da intuição. Outros fazem uso de experiências anteriores para tomar decisões.
Acredito que é preciso um pouco de intuição, mas muito balanço para que não se repita um ciclo vivido apenas.
Não foram poucas as vezes em que vi profissionais serem promovidos e repetirem o mesmo padrão de liderança de que tanto reclamavam quando eram subordinados. E não é tão difícil entender o porquê desta atitude: eles estão reproduzindo o que viveram sem nenhuma reflexão mais profunda. As más experiências são importantes como aprendizado do que não fazer.
O que mais me ajudou a criar algum discernimento como líder foi a empatia. Antes de tomar uma decisão, colocar-se no lugar das pessoas que serão afetadas por ela é um exercício que ajuda. Não é difícil se imaginar do outro lado. Provavelmente um líder, antes de chegar a este papel, passou pela posição que agora reporta a ele.
O ônus da liderança é a impossibilidade de agradar a todos e a consciência de que as vezes uma decisão mais dura é necessária. Pode não haver consenso mas, na minha opinião, clareza é fundamental. O importante é que entendam as razões daquela decisão, mesmo que não concordem com ela. E aqui há uma grande separação entre tipos de líderes: os que comunicam demais e os que não comunicam nada. Não há apenas 8 ou 80, mas é no balanço dessa equação que a intuição e o bom senso devem ser ouvidos.
Algumas informações quando passadas adiante simplesmente causam ansiedade e são contraproducentes para a equipa. Especialmente se envolvem decisões que ainda não estão estabelecidas e os resultados que virão dela não são claros, como por exemplo uma possibilidade de fusão com outra empresa.
Transparência não é dividir toda a informação na exata hora que acontece.
O papel do gestor é muito óbvio: gerir informação, comunicar no momento certo e com o ângulo mais apropriado. As vezes é preciso tempo para digerir e estabelecer a melhor abordagem.
Muitas vezes o líder também sente-se pressionado, inseguro ou desmotivado e o lado humano vem à tona. Porém, buscar apoio na própria equipa pode ser um a má decisão. Por isso muitos gestores buscam em um “coach” o apoio necessário.
A verdade é que muitos líderes aprendem praticando.
Aprendizagem é um processo constante. Mas, quanto antes for definido que tipo de líder se quer ser, mais rápido se conseguirá progredir na direção certa.
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