Agências do Futuro: O que poderá mudar em 2021

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A opinião de Alberto Rui Pereira
Agências do Futuro: O que poderá mudar em 2021
29 de Dezembro de 2020
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Agências do Futuro: O que poderá mudar em 2021
Alberto Rui Pereira
CEO IPG Mediabrands Portugal
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Quer se trate de pessoas, empresas ou governos, todos precisam de encontrar novas formas de navegar neste mundo imprevisível e turbulento, e as agências não são exceção.


O contexto de disrupção social trouxe como principal preocupação a saúde das pessoas, tornando-a numa questão central, e nas agências observámos as equipas a trabalhar de forma alternada com equipas “em espelho”, ou organizadas num modo totalmente remoto.


De uma forma geral, as agências deram prioridade à melhoria da eficiência e à produtividade com foco nas pessoas. E, nesse sentido, o reforço do relacionamento com o cliente, a retenção de talento e a valorização das estratégias de responsabilidade social corporativa foram e serão, cada vez mais, importantes no futuro.


Os consumidores no novo contexto de incerteza, também adotaram novos comportamentos e a expetativa em relação às marcas e ao que esperam delas mudou, desafios que se irão manter, que impulsionam a inovação e redefinem os valores de comunicação das marcas.


Por estas razões, os aspetos centrais das agências de serviço completo irão muito provavelmente mudar em 2021: a sua cultura, modelo operacional, processos de trabalho, formas de engagement, serão diferentes. Uma das mudanças para reforço do engagement com o cliente implica estratégias orientadas em insights que fornecem dados reais e precisos sobre o comportamento dos consumidores em tempo real e a longo prazo.

 

A mudança poderá caracterizar os modelos operacionais. Na atual cultura virtual e com os modelos de trabalho remoto testados, os locais de trabalho poderão converter-se em espaços mais flexíveis, de colaboração e formação de equipas, onde as pessoas não se encontram necessariamente todos os dias.

É com a experiência de um ano diferente, sem precedentes, e expetativas de mudança positiva, que caminhamos para os desafios do próximo ano: responder aos objetivos dos clientes que dependem da evolução do “novo normal”, redefinir novos modelos de negócios, de operações e infraestruturas, e tornar as agências em organizações mais ágeis. Mas, a construção de uma nova cultura corporativa exige a transformação do atual mindset.


Entrar numa nova era do marketing e da comunicação em 2021, requer uma nova visão sobre o talento, as competências dos recursos humanos e a transformação das equipas. Investir na qualificação do talento, capitalizar as competências específicas de cada equipa e/ou pessoa, das estruturas, reforçar as lideranças, apostar em novos modelos baseados na tecnologia, para gerar vantagens competitivas dentro da organização e torná-la mais inclusiva, são desafios de mudança que pressupõem o longo prazo. Os tempos desafiantes que vivemos trazem certamente oportunidades, e este é o momento de acelerar a transformação das agências para serem mais eficientes e “inteligentes”.


Na agência do futuro, a confluência de talento e tecnologia é uma tendência. Mas a tecnologia precisa do pensamento estratégico. Quando questionado sobre quem é melhor no xadrez, o homem ou o computador, o campeão mundial Garry Kasparov disse que um ser humano com um computador dominará. O mesmo se aplica às agências.


Essa evolução passa por ter equipas pluridisciplares (homem+máquina) “dream team” com grande potencial de adaptação, onde criativos, especialistas de media, de dados, design e tecnologia, irão liderar a inovação e o futuro da comunicação.



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