A adidas e a Puma, gigantes alemães da moda desportiva, relançaram modelos antigos dos anos de 1970 e 1980 para tentar reverter a crise no setor.

Segundo a Reuters, esta é uma medida que poderá dar vantagem face a outras marcas desportivas. No entanto, não será suficiente para combater a fraca procura que se tem vindo a verificar na China e nos Estados Unidos.

A procura pelas adidas Samba, um dos modelos terrace mais conhecidos da marca, aumentou substancialmente em todo o mundo ao longo do último ano tendo registado um pico de procura em meados de junho, de acordo com os dados do Google Trends.

Contudo, a Puma não deverá beneficiar desta tendência já que a gama terrace não tem tanto reconhecimento como a da marca das três riscas, avalia o analista do Deutsche Bank, Adam Cochrane. Ainda assim, considera que esta é uma área em que a marca pode competir.

“Se há alguém a perder com tudo isto é a Nike, que não tem modelos semelhantes aos de 1980 e, como tal, não tem sapatilhas históricas para recuperar”, aponta o especialista.

Apesar das vendas dos modelos terrace estarem em crescimento, continuam a representar uma pequena fração do negócio total e os investidores das marcas estão a pressionar a adidas e a Puma para alargarem as estratégias de combate ao decréscimo da procura.

No mês passado, a Nike reportou as vendas mais baixas do último ano no mercado norte-americano, a principal fonte de rendimento da marca. Pouco depois, foi registada uma queda de vendas na China, deixando a gigante americana ainda mais alarmada, uma vez que se trata do segundo mercado principal da marca.

Já a adidas, registou um crescimento no último trimestre depois de ter escoado toda a coleção Yeezy (em parceria com Kanye West). A marca anunciou, por isso, que o prejuízo orçamental previsto para 2023 irá reduzir de 700 milhões de euros para 450 milhões.

Relativamente à Puma, as ações da marca ficam aquém das da adidas e da Nike.