A vista cá de baixo

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A opinião de Sílvia Nunes
A vista cá de baixo
11 de Dezembro de 2023
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A vista cá de baixo
Sílvia Nunes
Senior Director Michael Page | Founder Profiler Podcast
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Sempre que me sento a escrever tento ao máximo “fugir” de exemplos pessoais, reais, talvez com algum receio da exposição, mas, na verdade, a minha crença continua a ser a mesma: é no nosso dia a dia, nas nossas vivências, que todos podemos retirar os melhores ensinamentos.

 

Este meu receio de exposição, vai de encontro ao título deste artigo, da constante vista cá de baixo a que nos colocamos as nós próprios, a que eu também me coloco.

 

Quantas vezes somos chamados a intervir, convidados para expor a nossa opinião sobre um tema, para fazermos uma apresentação, em que uma das perguntas que nos ocorre é: Eu? E agora? E se corre mal? Porque será que raramente nunca nos perguntamos - e se corre bem?


Na semana passada, fui convidada a estar presente num evento, em palco, com figuras que para além de ilustres conhecidos, em muito são uma referência para mim. Nos dias que antecederam o evento, nem podia pensar no mesmo, pois a ansiedade apoderava-se de mim.

 

Chegou o dia, e lá estava eu. Sorridente por dentro e muito angustiada por dentro. “Meu Deus, que faço eu aqui? Como me sento e falo em palco rodeada destas pessoas que tanto me podem ensinar?” A vontade de estar, de viver o momento e de o partilhar com todos os que estavam, era totalmente proporcional ao pânico e à vontade de fugir daquele gigante auditório.

 

A verdade é que, na generosidade deste conjunto de pessoas, consegui expressar as minhas opiniões e sentir que, também eu, naquele momento, fazia parte deste conjunto. A grande maioria das vezes, não são os outros que se colocam num pedestal, somos nós que os colocamos, e pior, sem que os próprios lá queiram estar.


No mundo das Organizações, na pesquisa de novas oportunidades de emprego, por exemplo, assistimos exatamente à mesma realidade. Recordo-me de entrevistar uma extraordinária profissional que, apenas por uma questão nervosa, por colocar quem conduzia a entrevista num patamar superior ao seu, não estava a ser capaz de expressar as suas competências e valências. Expressou o quão nervosa estava e quanto isso a impedia de explicar melhor, de uma forma mais clara. A pressão que sentia para dar o melhor de si, falava mais alto que todas as suas competências. Parámos a entrevista, respirámos e conversámos sobre o que podemos perder por nos sentirmos numa situação de inferioridade. Após alguns minutos de descontração, de partilha, as competências que eu sabia que existiam, falavam num tom inequívoco.


Qualquer situação a que nos tenhamos proposto requer uma preparação, requer alguma prática para que nos possamos sentir mais confortáveis. Podemos até praticar, ler dicas de como nos devemos estar numa entrevista de emprego, quais as melhores respostas que podemos dar, mas é na verdade, na autenticidade que se faz a diferença. Contar a nossa verdade, não tentar mostrar uma pessoa que afinal não somos, coloca-nos mais facilmente lado a lado naquela sala e com uma garantia de ser bem-sucedido.


Pensar em estar lado a lado transporta-me para o tema da cooperação. Foi isso que senti no dia do evento que vos falo acima. Senti que a cooperação entre todos, que a envolvência existente, nos levou a todos, a atingir o objetivo que nos tinham proposto.

 

Volto às Organizações. Em que ponto estamos nas nossas organizações? Mais perto da competição, ou mais perto da cooperação? Será que temos que escolher estar num dos lados? Na verdade, se cooperar é somar, a competição pode ser impulsionar. Seja de um lado ou do outro, estarmos lado a lado continua a ser possível. O equilíbrio depende sempre da cultura e dos objetivos de cada empresa.


Estarmos com a vista cá de baixo, pode, num primeiro momento, mostrar o quanto até podemos ser humildes. No entanto, colocarmo-nos ao lado, par a par, não faz de nós exibicionistas ou prepotentes. Faz de nós profissionais e pessoas com competências e capacidades que são igualmente importantes e que, também nós, as podemos colocar ao dispor dos outros. A vista cá de baixo pode até ser mais confortável, talvez por ser mais resguardada, mas é quando nos colocamos a par, ao lado, no sentido da cooperação, que nos sentimos mais acompanhados e muito mais robustos para seguir em frente.


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