A nova empresa e o júnior

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A opinião de João Coutinho
A nova empresa e o júnior
5 de Abril de 2023
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A nova empresa e o júnior
João Coutinho
Co-fundador da Atlantic New York
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É com muita honra que escrevo o primeiro texto para o Imagens de Marca, depois de dois anos sem escrever. Durante três anos escrevi no Dinheiro Vivo, mas começou por me faltar tempo para escrever todos os meses, devido a ter começado a minha própria agência de publicidade, juntamente com o meu sócio, o brasileiro Marco Pupo. Em Janeiro de 2021 nascia em Nova Iorque a Atlantic, sem clientes, sem investidores, mas com toda a liberdade. Era um sonho tornado realidade, depois de muitos anos a trabalharmos nas maiores agências em Portugal, Espanha, Brasil e finalmente Estados Unidos, onde moramos desde 2014.

 

Montar um negócio é como voltar a ser júnior e ter de começar tudo de novo. Quando nasce uma empresa nasce um CEO júnior, COO júnior, CFO júnior e Head of HR júnior. Um dos principais desafios que o júnior e a nova agência enfrentam é estabelecer credibilidade. Os clientes hesitam em dar uma oportunidade a empresa sem histórico comprovado. Da mesma forma, o júnior a tentar entrar no mercado, vai ter dificuldade em convencer quem está à frente das agências estabelecidas a apostar em alguém sem experiência e portfolio. Quando comecei, não havia internet, email ou telefones moveis, a maneira de chegar a um diretor criativo era através de uma carta. Não havia as ad schools para nos ajudar a montar um portfolio como há hoje em dia, por isso apostávamos tudo na maneira mais original de mandar o nosso CV na esperança de sermos chamados para uma entrevista.

 

A única maneira de ganhar credibilidade é com trabalho, e a maneira de conseguir trabalho é que alguém nos dê uma oportunidade. A reputação que vamos construído ajudam a abrir portas. Nós temos a sorte de trabalhar para clientes como Amazon Prime Video, Twitter e Yahoo, marcas que chegaram através de relações estabelecidas ao longo das nossas carreiras. O junior, sem contatos nem relações construídas, tem de encontrar um posicionamento e oferecer algo diferente, que mais ninguém faça, justificando a oportunidade. A agência é igual. Há tantas agências boas, porque é que um cliente irá mudar? Cabe-nos a nós convencer os clientes que podemos oferecer algo mais, que não encontram noutro lugar. O que nos demorou mais tempo a criar para além do nome foi um posicionamento, um modelo único que nos distinga de outras agências. Chamamo-nos Atlantic e o nosso modelo consiste em explorar se há alguma coisa do lado oposto à corrente ou à tendência, e tem-nos levado a encontrar territórios e pontos de vista únicos. A contracorrente aplica-se um pouco em tudo o que fazemos, desde a escolha do escritório, à forma como contratamos, de como tentamos mudar a indústria criando condições onde as pessoas sejam mais felizes.

 

Depois de muitos emails sem resposta, depois de acreditar e nunca desistir, o momento da viragem acaba por chegar. Aquela campanha bombástica, aquela postura na indústria que chamou a atenção de toda a gente, fez os olhares virarem-se para o júnior ou para a nova agência. Depois da viragem, o júnior vai receber propostas e a agência vai ter clientes a bater à porta. Mas existe sempre a hipótese do momento da viragem nunca chegar.

 

Começar uma empresa, tal como começar uma carreira é tão excitante como assustador, envolve abraçarmos o desconhecido e assumirmos riscos. Pode ser uma montanha-russa emocional, com altos e baixos que às vezes podem ser avassaladores. Cada sucesso, por menor ou maior que seja, é uma conquista da qual nos devemos orgulhar e um passo adiante na realização dos nossos sonhos. É importante lembrar que a rejeição também faz parte deste processo e pode ser desanimador. Cada rejeição é uma oportunidade de aprender, de melhorar e crescer. Começar um negócio ou uma carreira não é para quem procura conforto, mas a recompensa de sermos donos do nosso futuro e perseguir os nossos sonhos valem a pena todos os desafios e obstáculos que vão surgindo pelo caminho.

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