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As notícias são recentes e sugerem que o recurso às sanções, um instrumento para prevenir conflitos ou responder a crises atuais ou emergentes, não sendo consensual, tem vindo a aumentar.
Importa realçar que há diferentes tipos de bloqueios. A título de exemplo, dificilmente se poderá contestar a recente imposição pelos Estados Unidos da América (EUA) e dos seus aliados de uma extensa série de sanções económicas à Rússia, em resposta à invasão da Ucrânia, ainda que se trate do conjunto mais amplo de restrições aplicadas a uma grande potência desde a Segunda Guerra Mundial.
Genericamente, os países justificam o recurso às sanções como uma estratégia para promover os seus interesses políticos e económicos. A União Europeia, em particular, tem recorrido a esse expediente, entendido como um instrumento essencial da política externa e de segurança comum, que lhe permite reagir a desafios e acontecimentos que são contrários aos seus valores.
No plano estritamente económico, assegurar o primado de um comércio livre, justo e equilibrado é prioritário. Nesse domínio em particular, a Europa nem sempre se tem revelado intransigente na defesa das suas empresas e trabalhadores, ignorando princípios básicos de reciprocidade. Fugindo às suas responsabilidades, a União Europeia corre o risco de ficar refém do recente crescimento de ondas populistas.
Importa, assim, que a política externa europeia não caia em equívocos ou demagogias. Só com rigor e ponderação se pode evitar que se assumam posições polarizadas que possam resultar no encerramento de fronteiras e, consequentemente, constranger os avanços científicos e impedir o progresso civilizacional.
A diplomacia deverá ser sempre a reposta para a promoção da paz, da democracia e do direito internacional.
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