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1. Inteligência Artificial Democratizada, Realidade Estendida, Metaverso
A Inteligência Artificial (AI) e, em particular a AI Generativa, passam a constituir ferramentas indispensáveis a alavancar o trabalho humano, no caso dos marketers, publicitários e gestores, nos domínios da criação de imagem e vídeo, conteúdos, geração de textos e gestão de tarefas administrativas. Mais do que substituir a Pessoa no seu trabalho, ela vai constituir um instrumento de aumento e alargamento das suas capacidades humanas (augmented citizen, augmented marketer, augmented consumer) e a um aumento de produtividade das empresas.
2024 vai ser, pois, um ano de grande desenvolvimento das soluções de hardware (Realidade Virtual) e de IA e IA Generativa, com a sua integração na vida quotidiana das pessoas, com acentuada concorrência entre os grandes players: Open AI/Microsoft, IBM, Amazon, Google, Nvidia, Meta, Apple.
Com vários metaversos ou “um eventual Metaverso” no futuro, é crucial que as empresas experimentem este novo meio, que será tanto mais eficaz quanto o desenvolvimento tecnológico que permita equipamentos mais “portáteis” e amigáveis, e velocidades de comunicação superiores, que vão permitir a presença virtual através de avatares hologramáticos.
2. Datafication e analytics. Blockchain
Os dados são o ingrediente necessário para uma ligação relevante com os clientes e com o mercado. A sua coleta, tratamento (cloud e edge computing) e análise (AI-driven decision making) são indispensáveis para um serviço personalizado, através de sistemas de CRM, Inteligência Artificial (Machine Learning, Deep Learning).
Torna-se premente a vigilância e a obediência a comportamentos éticos e de privacidade. As instituições, empresas e cidadãos europeus têm de estar atentos ao cumprimento do RGPD/Regulamento Geral de Protecção de Dados e outros sistemas de outros continentes.
A preocupação com a privacidade, a segurança e maior eficiência e transparência de transações, vai sendo potenciada pelo desenvolvimento de cadeias de Blockchain, nas diversas áreas de atividade, desde a gestão de bases de dados, às criptomoedas, à auditoria das cadeias de valor transacional.
3. Internet-of-Everything, Everywhere
A Starlink, da empresa SpaceX de Elon Musk, já deu o mote. Brevemente, o sistema de Internet por satélite estará disponível em qualquer local da Terra – do mais recôndito deserto à mais elevada montanha - permitindo ligações mais rápidas, sem limitações geográficas, no caminho para um mundo totalmente interligado.
A Internet-of-Things continuará a ser estendida a cada vez mais aparelhos e instrumentos, no domínio industrial (fábricas inteligentes), agricultura (controlo de colheitas), nas cidades (controlos de tráfego), nas casas particulares e escritórios (electrodomésticos e outros), a Internet-of-Everything.
4. Brain-computer interfaces (BCI)
Também neste campo, uma outra empresa de Musk, a Neuralink vai, durante 2024, iniciar a experiência da implantação de microchips em 11 cérebros humanos com handicap, que se voluntariaram, com o objetivo de tentar debelar situações de incapacidade física e mental que apresentam.
Como hardware de ligação sem fios a sistemas exteriores (PC, smartphones), virá a constituir um elemento de interação Ser Humano/Tecnologia (hardware)/ Inteligência Artificial (software) conduzindo, em primeiro lugar, à potencial melhoria clínica das pessoas, objeto das intervenções e, posteriormente, a um melhor conhecimento das reações das pessoas a certos estímulos exteriores, elemento a explorar, com relevância para o marketing.
5. Transformação Digital centrada no cliente
Os processos de transformação digital de reorganização empresarial têm de continuar a ser concebidos e desenvolvidos, centrados no cliente e no seu serviço, de forma a poderem disponibilizar um serviço, sem fricções e mais adequado àqueles e, em consequência, conduzir a resultados operacionais mais elevados.
6. Tecnologia Sustentável e Humanizada. Ética
A sustentabilidade ambiental, social e económica vai continuar a determinar as políticas empresariais e públicas. A tecnologia assume aqui um papel de relevo, na medida em que vai permitindo ganhos de eficácia e eficiência nos equipamentos produtivos, a uma maior eficiência energética e ambiental e a uma maior humanização das soluções.
A ética e a privacidade têm de constituir um elemento de preocupação das sociedades, sendo imperativo o desenvolvimento de processos regulamentares de governança nestas áreas.
7. Experiências personalizadas de cliente
Os clientes exigem, cada vez mais, experiências adequadas aos seus interesses, no momento que o desejam e valores que se coadunem com os seus, ao longo da sua jornada de relação com as empresas. A utilização da IA, como a Análise de Sentimentos permite uma maior humanização, pela possibilidade de um maior ajustamento dos chatbots ao estado de espírito dos interlocutores, em cada momento da relação. Há que atender à ultraconveniência, ao envolvimento hiperpersonalizado, à sustentabilidade e à ligação às comunidades, que para eles sejam relevantes.
8. Marcas com propósito e socialmente relevantes
Num ambiente em que as pessoas são cada vez menos fiéis às marcas, as marcas bem-sucedidas são aquelas que perfazem, pelo menos três critérios: tenham um Propósito, reduzam as fricções na relação com o cliente e constituam um agente de mudança. Complementarmente, a criação de confiança e proximidade com o cliente, a sua relação humanizada, a capacidade de criar intimidade, a sua diferenciação e, em especial a capacidade em criar experiências positivas, relevantes e memoráveis, são igualmente fundamentais.
9. Flexibilidade, Adaptabilidade, Agilidade
Com as mudanças tão rápidas, mesmo exponenciais nalgumas áreas (comportamentos de compra, tecnologia, concorrência) as empresas têm de ser flexíveis, aligeirando as suas estruturas organizativas e hierárquicas, de forma se adaptarem a essas mudanças, de uma forma ágil, disruptiva na sua organização, mas de forma a conservarem a sua capacidade competitiva.
10. Novas profissões e funções
Com a evolução exponencial da Inteligência Artificial, há que estar atento à formação nas novas funções e tarefas que se avizinham, como a engenharia computacional, criadores e editores de conteúdos, prompt engineers, auditores de segurança, especialistas de integração tecnológica, planeadores de metaverso, green jobs.
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